terça-feira, 26 de novembro de 2013

Com reforço de 'Hulk', maranhenses são destaques em Mundial


Atletas do Maranhão são destaques em Mundial de Fisiculturismo na Hungria. (Foto: Paulo de Tarso Jr./Imirante Esporte)
SÃO LUÍS – A força do Maranhão na Hungria. A viagem para o país europeu foi longe de ser tranquila após horas e horas em aeroportos. Talvez, a viagem nem tivesse acontecido. No entanto, sete fisiculturistas maranhenses aceitaram o desafio e conseguiram, com dificuldades, patrocínios para se aventurarem em uma terra desconhecida. Na verdade, a aventura, mesmo com poucos investimentos, revelou que o Maranhão é realmente um celeiro de talentos no fisiculturismo. No Mundial da modalidade, realizado entre os dias 13 e 18 deste mês, o Maranhão conseguiu subir duas vezes ao pódio, além de ter obtido resultados expressivos.
O melhor resultado dos atletas maranhenses foi conquistado com Orlando Martins. O fisiculturista disputou seu primeiro mundial e, nada melhor do que uma estreia prateada na categoria até 75 kg.
“Este ano, tive a chance de ir. Ano passado, no Mundial da Tailândia, fui classificado, mas não pude ir por falta de patrocínio. Este ano, representei o Brasil e o Maranhão e consegui, graças a Deus, esse segundo lugar no Mundial. Fazemos nosso trabalho com dificuldade. Esse segundo lugar tem o sabor de primeiro”, disse ao Imirante Esporte.
Dos sete atletas maranhenses que disputaram o Mundial na Hungria, apenas uma mulher. E nada de “sexo frágil”. Fisiculturista há dois anos, Dedé Araújo se emocionou com a conquista do terceiro lugar na categoria até 60kg.
“Foi o meu primeiro mundial. É muita emoção. Fiquei emocionada demais. Quando passei da prévia, eu chorei demais de alegria. Esse esporte a gente tem que gostar, porque não é fácil o dia a dia da gente”, destacou a vice-campeã mundial.
As medalhas de Orlando Martins e de Dedé Araújo, assim como os resultados dos demais maranhenses foram fundamentais para que a Seleção Brasileira conquistasse a terceira colocação no geral. A equipe do Brasil, que foi formada por 23 atletas, sendo 7 do Maranhão, ficou atrás apenas do Irã e da Índia.
Hulk é maranhense
Apelidado de Hulk, Emerson Pinheiro ficou em quarto no Mundial. (Foto: Paulo de Tarso Jr./Imirante Esporte)
Uma curiosidade da participação do Maranhão no Mundial de Fisiculturismo foi o reforço especial de Hulk. Com assim? O personagem das histórias em quadrinhos participou da competição? Apelidado de “Hulk” porque sempre foi fã do herói dos quadrinhos, o maranhense Emerson Pinheiro também se destacou na disputa mundial e ficou na quarta colocação.
O fisiculturista brincou sobre ser chamado de “Hulk” e disse ter ficado satisfeito com o quarto lugar na categoria até 90 kg. “Achei que eu poderia ter ficado em uma melhor classificação. Mas estou satisfeito porque quarto lugar no Mundial já é um privilegio. Eu gostava muito do Hulk desde pequeno. O pessoal já me chama de Hulk. Já virou apelido. Acho que só falta ser verde”, brincou.
Paixão e falta de apoio
Em cima: Dedé Araújo, Orlando Martins e Ribamar Galvão. Em baixo: Francisco das Chagas, Emerson Pinheiro e Minotauro (Fotos e arte: Paulo de Tarso Jr./Imirante Esporte)
Para quem tem o fisiculturismo no sangue, é importante ver e estar fazendo parte da evolução do esporte no Estado e no Brasil. “O sentimento é o melhor possível. Estou nesta batalha do fisiculturismo há 23 anos. Comecei com 16 anos e sinto que aqui, no Maranhão, o fisiculturismo teve uma grande evolução. Para mim é uma satisfação ver este esporte evoluindo e também estar evoluindo junto. Eu jamais pensei que estaria em um Mundial. Tenho o fisiculturismo no sangue”, declarou Cláudio César, o “Minotauro”, que ficou na sexta colocação (categoria até 90 kg) no Mundial da Hungria.
Mas apesar dos resultados no Mundial, a vida dos atletas maranhenses é bem complicada, principalmente quando o assunto é patrocínio. Eles acreditam que, com um pouco mais de apoio, seria possível ver mais maranhenses no pódio. “Faltou dinheiro. Na verdade, é investimento. No Brasil, a gente treina e trabalha. A gente ama o esporte. Defendemos o esporte por escolha. Os nossos rivais lá fora são representantes do país. Vivem para isso”, comentou Francisco das Chagas, 8º colocado no Mundial deste ano na categoria até 65 kg.
Quem também esteve participando pela primeira vez de um Mundial foi Ribamar Galvão. Ele ficou na 11ª colocação na categoria até 85 kg. Uma vitória para o atleta. “Fiquei na 11ª posição do mundo. Eu bati na trave e parei nas semifinais, mas estou muito feliz. Fiz uma boa apresentação, um bom Campeonato mundial. Mas Mundial é Mundial”, disse.
O maranhense Joás de Brito também foi bem no Mundial e ficou na 6ª colocação na categoria até 75 kg.

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